sábado, 17 de abril de 2010

QUESTIONÁRIO DO INSTITUTO

No dia da visita do nosso grupo ao Instituto Triângulo, fomos recebidos pela Cláudia, que é uma das responsáveis pela organização das atividades de divulgação do Instituto nas escolas e empresas, além de ser responsável também pelas visitas agendadas ao Instituto, entre outros.

Ela nos contou sobre a história do Instituto, o início com as mobilizações "Casa em Casa", as dificuldades enfrentadas até a conquista da parceria com a Petrobrás e também sobre a consciência ambiental disseminada por eles através das palestras em empresas e escolas, ao longo dos anos.

Além disso, ela nos respondeu um série de perguntas que podem ser visualizadas logo abaixo:

Questões Ambientais

1) A Istituição informa que quase 500 toneladas de óleo sao despejadas na rede de esgoto mensalmente. Com o trabalho que eles realizam, eles estimam que esse número na região já esteja menor? E de quando é essa informação?

R: Este valor, de 500 toneladas é uma média, que é calculada a partir do número total de residências em uma cidade e pela média de que em cada residência seja cosomido 2 Litros de óleo de cozinha. A partir desse valor, eles fazem comparam com a quantidade de óleo que eles coletam.
Os resultados desses cálculos demonstram que a quantidade coletada por eles é bastante grande, chegando a 20 tonelatas por mês, porém este valor ainda não é suficiente para que seja significativo nos cáculos finais.

2) O que é feito com o sabão produzido? Ele é vendido ou doado?

R: O sabão produzido é vendido, pois ajuda na geração de renda para o Instituto.

3) E em relação às camisetas feitas a partir de garrafas PET?

R: As camisetas produzidas a partir das PETs não são feitas no Instituto, como é o caso dos sabões ecológicos. Elas são produzidas por Indústrias Têxteis que recebem a doação de garrafas feita pelo próprio Instituto. O Instituto faz as doações das garrafas, pois através da coleta do óleo de cozinha usado, eles recebem uma grande quantidade de garrafas PET que vem junto do óleo, assim, além do óleo, as garrafas também recebem uma destinação correta.

O Instituto também já recebeu um prêmio por reciclegem de PET, meio que indiretamente. Já que o óleo que é enviado ao Instituto era engarrafado em garrafas PET e estas eram enviadas para reciclagem. E era uma quantidade grande o suficiente para ser reconhecida.

4) O instituto já esteve ou ainda está envolvido com outros trabalhos como este?

R: O Instituto ja esteve envolvido com a coleta de pilhas, mas atualmente não, pois o processo de reciclagem da pilha é maior que o custo da produção tradicional. Porém, eles estimulam todas as pessoas que querem fazer a doação de pilhas usadas a irem a qualquer agência do Banco Real, pois nelas existem postos de coleta, chamados de "Papa Pilha". Também já receberam doação de roupas e calçados, que eram destinadas para pessoas carentes.

Questões Sociais

1) O Instituto ainda trabalha de porta em porta? Se sim, existe uma escolha específica para as casas vistadas ou a visita é feita de forma aleatória?

R: Não, antes de 2006, o trabalho “Casa a Casa” era realizado. Nesta fase do trabalho eles iam de casa em casa coletando o óleo e divulgando o seu trabalho, através de Agentes Mobilizadores. No início eram apenas alguns bairros de Santo André (região do 2º distrito), depois, estendeu-se para São Caetano e São Bernardo, além de passar a ocupar 1/3 da cidade de Santo André, e chamaram de 'Casa a Casa Gigante". Depois do patrocínio da Petrobrás, acabou o “Casa a Casa” e hoje só trabalham recolhendo o óleo depositado nos “PEVs” (Ponto de Entrega Voluntárias).

2) Nas visitas de porta em porta, como era feita a abordagem?

R: A blitz de impacto, como a própria Cláudia denominou, ia de casa em casa, apresentando o trabalho que era feito pelo Instituto, dizendo sobre conscientização ambiental e reciclagem do óleo, e se a pessoa poderia recolher o óleo usado de cozinha, que dali um determinado tempo alguém passaria e recolheria aquele óleo.

3) Em Santo André, quais os bairros mais participativos da ação?

R: Desde o "Casa a casa", o Santa Terezinha é o bairro mais participativo de Santo André.

4) Em relação a revista Ambinte Urbano: qual é o raio de distribuição? Quantas pessoas em média assinam a revista? Há alguma estatística que mostra quais são cidades que mais fazem a assinatura da revista?

R: A revista era gratuita. Hoje em dia tem assinantes e cada exemplar custa 2 reais. "Levamos revistas para professores da rede pública", diz Cláudia. Grade parte ainda é distribuída gratuitamente, mas por assinaturas, a distribuição chega a outros estados.

5) As escolas em que são desenvolvidos os trabalhos do Instituto são tanto públicas quanto privadas?

R: Em escolas públicas, o instituto abre postos de entrega (Pevs) e fazem palestras e peças de teatro. Em escolas particulares também realizam palestras e peças. O instituto possui peças como "Nossa Casa" e "Trinta Minutos", que apresentam em escola e empresas.

6) Acreditam que a questão da reciclagem está interligada com a classe social da população?

R: A classe média baixa é a classe mais participativa. O índice de participação da classe A é baixa.
Como é o caso do próprio bairro onde eles estão localizados, onde, infelizmente, a contribição é baixa.

7) Os trabalhadores são todos assalariados ou voluntários?

R: São vonluntários, mas todos possuem uma ajuda de custo.

8) O número de empregos aumentou em Santo André após a instalação do Instituto?

R: Não há uma número certo, mas muitas pessoas passaram a se envolver no trabalho do instituto, e muitas ainda procuram emprego lá dentro.

9) Como a Petrobrás ajudou na ampliação das ações do Instituto?

R: O instituto vem desde 2002 até 2005 sendo mantido por recursos próprios. Porém, em 2003, foi escrito um projeto para Petrobrás, mas que foi aceito somente em 2006, quando o instituto conseguiu o patrocínio da mesma. Assim, o instituto começou a se organizar corretamente conforme as leis. Uma das modificações ocorridas foi a contratação de um engenheiro químico para fazer uma fórmula ideal do sabão, realizar testes de alcalinidade para o sabão não ocasionar nenhum dano à pele do consumidor, entre outras.

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